Em 2003, o campeão dos pesos pesados – Mike Tyson – declarou falência, mesmo depois de ganhar mais de 300 milhões de dólares ao longo da carreira.
E ele não é o único. Aqui no Brasil, milhões de pessoas estão na mesma situação, afundadas em dívidas e sem saber como cuidar do próprio dinheiro.
Então, fica a pergunta: o problema está no quanto a gente ganha ou na forma como administramos o que temos?
Bom, uma coisa sabemos…
A escola não nos ensinou a lidar com dinheiro e muito menos a sociedade. Muito, pelo contrário e logo vamos falar disso.
Agora, pense na sua relação com o dinheiro.
Ele aparece e desaparece da sua vida quase como mágica?
Será que realmente adianta ter um salário alto se, no final, você acaba sem nada?
Vamos tentar desvendar esse mistério juntos e explorar uma nova forma de pensar sobre dinheiro, algo que aprendemos nas finanças pessoais, mas que não se ensina nas escolas.
O que é dinheiro, afinal?
Quando você compra algo na internet ou recebe seu salário, o que o dinheiro representa pra você?
Para muitos o dinheiro é apenas um meio de troca, ou seja, uma forma de facilitar a compra e venda de bens e serviços. Mas eu acho que isso não explica tudo.
Em vez de pensar no dinheiro só como uma forma de pagar coisas, que tal ver ele como uma forma de trocar valor?
Você paga por algo porque acredita que aquele item ou serviço tem o valor equivalente ao dinheiro que você está investindo. Claro que, na maioria das vezes, você não define o preço, é o mercado que faz isso. Mas o ponto principal é que dinheiro = valor.
Por que isso é importante?
Porque, às vezes, atribuímos ao dinheiro um significado moral, como se ele fosse a raiz de todo o mal.
Quando vemos uma pessoa rica, é comum pensar que ela teve sorte ou tirou vantagem de alguém para chegar lá. Mas será que pensamos no valor que ela criou para conquistar aquele dinheiro?
Entender que dinheiro é uma troca de valor nos ajuda a entender que ele não é, por si só, algo ruim.
Claro que existem golpistas que convencem você de que o que eles têm para vender vale a pena, mas isso diz mais sobre eles mesmos do que sobre o dinheiro.
O dinheiro, na verdade, só aumenta as nossas opções e nos dá mais liberdade para fazer escolhas.
As decisões que tomamos com o dinheiro são o que realmente reflete nossos valores e princípios.
Agora, eu sei o que você está pensando: Tá, mas como isso me ajuda se eu vivo de salário em salário ou estou cheio de dívidas?
Bom, entender que dinheiro é igual a valor não resolve tudo de imediato, mas pode ser o primeiro passo.
Então, pergunto: como está sua relação com o dinheiro?
Quanto de dinheiro entra e quanto sai todo mês?
Não sabe?
Você pode obter essa resposta através de sua renda menos as despesas.
Outra maneira simples de pensar nisso é em termos de produção versus consumo.
Em geral o dinheiro entra na sua vida porque você produziu alguma forma de valor e para a maioria de nós esse valor vem na forma de trabalho, um emprego.
E ele sai quando você consome, como ao pagar a assinatura da Netflix ou comprar algo novo.
Mesmo quem ganha bem pode sentir que o dinheiro desaparece antes do fim do mês. Isso quer dizer que o problema não está em quanto você ganha, mas em como você gasta. Se você gasta tudo o que entra, seu consumo precisa ser ajustado antes mesmo de você considerar seu relacionamento com a produção.
A famosa corrida dos ratos
Às vezes, pensamos que a “corrida dos ratos” é só trabalhar das 8h às 17h.
Mas, na verdade, ela é mais sobre viver no limite financeiro, onde qualquer imprevisto pode causar problemas: perder o emprego, um problema de saúde, e por aí vai.
Viver assim causa muito estresse, porque seu trabalho deixa de ser uma escolha e vira uma necessidade. Isso fica ainda mais arriscado quanto mais responsabilidades você tem.
Como mudar isso?
O primeiro passo para sair dessa corrida é entender sua relação com o dinheiro.
Comece registrando suas despesas mensais e separando-as por categorias, como moradia, transporte, alimentação, lazer e assim por diante.
Trata-se de entender a si mesmo como consumidor. Ao entender o que você consome e por quê, você começa a perceber onde pode melhorar.
Uma ferramenta importante nesse processo é o orçamento.
Decida, todo mês, quanto pretende gastar em cada área da sua vida e siga esse plano. Isso te ajuda a viver abaixo das suas possibilidades.
Isso ajuda a viver dentro das suas possibilidades e ainda deixar dinheiro para investir ou guardar.
Outro ponto é ter um fundo de emergência, que deve cobrir entre três e seis meses de suas despesas básicas. Isso vai te dar tranquilidade em caso de imprevistos.
Então, pra resumir: como melhorar sua relação com o dinheiro
- Entenda como você consome
- Crie um orçamento para controlar seus gastos
- Pense em formas de aumentar o valor que você cria, seja com um negócio, trabalho ou qualquer outra atividade produtiva.
Ter um negócio de sucesso pode aumentar muito sua produção de valor, mas esse não é o único caminho. Nem todos precisam seguir a rota do empreendedorismo.
Aumentar sua produção de valor pode significar ser mais eficiente no seu trabalho ou criar algo que as pessoas precisam.
O mais importante é entender que dinheiro é sobre criar valor. E quanto mais valor você criar, mais oportunidades de melhorar sua vida financeira você terá.
Agora…
A internet nos deu uma grande chance de colocar nosso valor no mercado e isso pode ser o começo de um caminho fora da corrida dos ratos e rumo a um futuro mais estável.
Pense nisso.