Você tem aquela sensação de que seu dinheiro não dá pra nada?
Você acaba de receber seu salário do mês, paga aluguel, as contas da casa, cartão de crédito e quando sobra um trocadinho já pensa naquele mimo porque na sua cabeça você trabalhou o mês inteiro e merece?
E quando você vê acabou o dinheiro e você está zerado de novo?
Ou nem sobra pra comprar uma besteirinha porque seu dinheiro já foi embora muito antes?
Essas situações lhe parecem familiares?
Bom, quando se trata do dia do pagamento é exatamente isso que acontece com os brasileiros.
Então como você poderia usar melhor o seu dinheiro e sair dessa bola de neve?
É sobre isso que vamos falar no email de hoje.
Aqui estão os 4 passos simples que você pode seguir assim que receber o seu salário.
Isso com certeza vai te fazer administrar melhor o seu dinheiro e você não vai ficar com aquela sensação de que o dinheiro não deu pra absolutamente nada.
Afinal, o hábito de administrar as finanças é mais importante do que a quantidade de dinheiro que você tem.
O 1° passo é: Organizar a base financeira
Concentre-se em saber exatamente pra onde está indo o seu dinheiro.
Você pode fazer isso através de uma planilha, onde você vai anotar seus ganhos e gastos por pelo menos 30 dias, isso serve pra você saber pra onde seu dinheiro está indo e poderá cortar gastos desnecessários.
Por exemplo, eu (sua corujinha da riqueza preferida) comecei a anotar as entradas e saídas de dinheiro numa planilha e logo percebi que uma grana considerável estava indo para hortifruti e supermercado.
Você pode estar pensando, “ah foi gasto com comida, algo essencial”
Eu te respondo: sim e não…
Porque estou falando isso?
Porque percebi que algumas coisas não eram tão necessárias e mesmo assim eu estava comprando, sabe aquelas besteirinhas de supermercado? pois é…
Só foi possível eu ter essa noção porque eu comecei a organizar minha vida financeira e saber onde estava indo cada tostão.
O 2° passo é construir uma Reserva de Emergência
Você precisa pegar uma pequena parte do seu salário para compor o fundo de emergência
O recomendado pelos especialistas é juntar o valor equivalente a pelo menos 6 meses do seu gasto mensal.
Por exemplo, se você tem um gasto mensal de 3.000 reais, calculando 3.000 x 6= 18.000, sendo assim sua RE deve ser de, pelo menos, 18 mil reais.
A reserva de emergência é importante porque:
– Emergências acontecem: perda de emprego, problemas de saúde, etc. Uma reserva permite que você mantenha seu padrão de vida nesses momentos difíceis por um tempo, sem precisar fazer dívidas, pegar dinheiro emprestado com parentes ou vender os bens.
– Oferece tranquilidade e segurança
Imagine a tranquilidade que teria se tivesse na sua conta 6 meses do seu custo de vida mensal?
Imagine a paz que teria sabendo que se algum dia perder o emprego, ficar um mês sem receber, ficar doente você tem de onde tirar dinheiro.
E você pode começar aos poucos, com 100, 150 e depois ir aumentando esse valor. O importante é começar o quanto antes.
O 3° passo é começar as pagar as dívidas
Aqui vai uma estratégia simples, conhecida como “método bola de neve” que você pode seguir para começar a quitar as dívidas
A ideia por trás dela é bem simples:
1. Você lista todas as suas dívidas por ordem decrescente de taxas de juros, da mais cara para a mais barata.
2. Toda vez que quita parte de uma dívida, você direciona o valor que estava pagando nela para a próxima dívida da lista. É como se uma bola de neve estivesse rolando morro abaixo, aumentando de tamanho.
3. Por exemplo, se está pagando R$ 200 no cartão de crédito com juros de 14% ao mês e R$ 100 no crediário da loja com 5% ao mês, irá focar todos os esforços em eliminar o saldo do cartão primeiro onde a taxa é maior.
4. Ao zerá-lo depois de 5 meses, os R$ 200 que estavam comprometidos nele são direcionados adicionalmente para o crediário, pagando agora R$ 300 por mês.
5. O efeito bola de neve significa que cada dívida quitada libera recursos para acelerar a quitação da próxima. Ganha-se velocidade e motivação.
6. Em pouco tempo se elimina todas as dívidas seguindo fielmente a hierarquia estabelecida inicialmente.
Portanto, este é o intuito do método da bola de neve: liberar rapidamente a grana de dívidas extintas para liquidar outras ainda pendentes, eliminando todas as dívidas o quanto antes, numa progressão geométrica virtuosa.
E por fim…
O 4° passo é investir
Investir significa não apenas poupar para o futuro, mas fazer com que o dinheiro cresça mês após mês, sendo multiplicado pelos juros compostos e proporcionando sua independência financeira.
O efeito dos juros compostos funciona da seguinte forma:
Quando você investe alguma quantia, após um período de tempo os juros não rendem apenas sobre o valor inicial investido, mas também passa a render sobre os juros que já foram acumulados no período anterior.
Aqui vai um exemplo pra ficar mais claro:
Se você investe R$ 1.000 no início do mês, com rendimento de 1% ao mês, no final do primeiro mês terá R$ 1.010. No segundo mês, os juros já serão calculados sobre esses R$ 1.010, e não mais sobre os R$ 1.000 iniciais. Isso faz com que seu dinheiro cresça exponencialmente só com o passar do tempo.
Por isso é tão importante começar o quanto antes, mesmo que com valores pequenos no início. Alguém que investe R$ 500 por mês, durante 20 anos, acaba acumulando bem mais do que alguém que investe R$ 1.500 por mês durante 5 anos, por exemplo.
Além de investir cedo, manter aportes periódicos, mesmo que menores, garante a constância para aproveitar esse efeito do juros compostos pela maior quantidade de tempo possível. Não adianta investir por alguns meses e depois parar.
Você pode começar a dividir sua carteira de investimentos da seguinte forma:
25% em renda fixa
25% em ações brasileiras
25% no exterior
25% em fundos imobiliários
Este é apenas um exemplo, o importante é que você comece a investir o quanto antes pra usufruir do poder dos juros compostos ao longo do tempo.
E você, o que faz assim que recebe seu salário?
Deixe sua resposta e me diga o que mais você gostaria de ver por aqui?