Tempo x Dinheiro

Todos nós temos um recurso bem precioso que na maioria das vezes não é nada valorizado.

E quando ele se vai não tem como ter de volta.

Que recurso é esse?

Tô falando dele: O TEMPO

Será que você tem valorizado seu tempo?

Pra responder essa pergunta, vamos a uma pequena análise com base na vida padrão de um cidadão brasileiro.

Por exemplo: Com um emprego normal, o valor que você ganha é proporcional ao tempo que você dedica ao serviço.

Se você ganha R$20 por hora e trabalha 40 horas por semana, levaria 24 anos para acumular 1 milhão na conta.

Mas isso é sem descontar impostos ou gastos que você terá ao longo desses 24 anos.

E não se esqueça que a inflação tornaria o seu milhão bem menos valioso. Pois é…

A realidade é que com salário de R$20 por hora, você conseguiria ser um milionário na apenas na velhice, isso se viver economizando.

Parece injusto, né?

Ainda mais considerando o fato de que a maior parte desse recurso precioso chamado tempo terá escorrido pelas suas mãos.

É, infelizmente o tempo não volta, não importa quem você seja.

Você terá trocado todo esse precioso tempo por dinheiro, e nem era um valor tão grande assim.

Em uma sociedade capitalista na qual vivemos, as regras do jogo são as seguintes: você é pago de acordo com o valor percebido do que você faz, e as pessoas que percebem esse valor são mercados consumidores.

Esse mercado é você, seus amigos, sua família, seu vizinho, seu país.

As pessoas reclamam que jogador de futebol ganha demais (eu mesma sou uma dessas pessoas), mas para que milhões sejam pagos a um jogador, primeiro precisa existir o mercado para a indústria do futebol.

E quando esse mercado tem uma alta demanda por futebol adivinha o que acontece com os jogadores?

Eles são pagos generosamente por isso. E põe generosamente nisso, não é mesmo?!

Agora vamos a uma outra comparação…

O faxineiro que está suando e se esforçando todo dia é pago bem menos que um contador que fica sentado em uma mesa o dia todo. Por quê? Porque o mercado percebe o valor do faxineiro como menor que o do contador.

Por mais duro que isso pareça, o faxineiro pode ser qualquer um, não é difícil aprender a fazer esse trabalho, e por isso o mercado não vai pagar pra ele mais do que o contador, que é o cara que economiza milhões para seus clientes em impostos.

Então, como podemos aumentar o nosso valor percebido?

Bom, se formos considerar pessoas como Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, João Appolinário da Polishop, o criador da airfryer rsrs e por aí vai…

Porque você acha que o valor percebido deles é tão alto?

Porque essas pessoas resolveram um problema.

Isso mesmo, simplesmente isso.

Pare pra pensar um pouco e você vai perceber que todo dinheiro flui dessa premissa básica.

Se resolve um problema, então gera dinheiro. Se é um problema de um milhão, então a solução trará milhões.

Tem um problema de um bilhão? Então a solução trará bilhões.

Vamos ver todos os problemas que a Amazon resolve: o tempo gasto para se deslocar até uma loja, o desgaste de ter que esperar semanas por uma entrega, preços mais baixos, e assim por diante.

Bezos ajudou a resolver um problema de um bilhão, aí foi recompensado generosamente por isso.

Parece quase um paradoxo, mas se você quer dinheiro, você deve buscar problemas, a solução para esses problemas, e então criar um negócio.

Então é só isso?

Apenas resolva problemas e o dinheiro aparece?

Então preciso criar a próxima Amazon para ser rico?

O próximo Facebook ou Google?

Calma!

Observe o mercado à sua volta.

O que as pessoas estão dizendo que elas não gostam?

O que as pessoas estão dizendo que elas gostariam que existisse?

Isso é um problema que você consegue resolver? E também um problema que vale a pena resolver?

Agora vamos para a etapa final desse processo: encontrar uma solução escalável para o problema.

A sua solução precisa atingir um número alto de pessoas. Abrir um restaurante? Isso não é escalonar. Você está restrito a uma área local e ao alcance da região. Já uma franquia, isso sim é escalonável.

Agora cuidado aqui: você deve se perguntar: será que a sua solução requer o seu tempo?

Vamos supor que você seja uma professora de yoga cobrando 100 por hora. Parabéns, você criou mais um emprego disfarçado de um negócio. Você pode dar um número limitado de aulas em um dia, e a sua renda fica presa ao tempo. Mas se você criar um curso online de yoga com aulas que você só precisa gravar uma vez, isso sim tem escala.

Escalonar a solução é vital.

Não se esqueça desse ponto.

Bom, esse email já está ficando um pouco longo, pra finalizar quero dizer que a lição mais importante aqui hoje nunca foi sobre a natureza do dinheiro, e sim sobre aquele recurso mais valioso que todos nós temos e que não podemos ter de volta: o tempo.

Abrir mão de uma parcela do seu tempo por causa de um emprego que você provavelmente não gosta, vale a pena?

Você quer uma vida baseada em trabalhar, voltar para casa, assistir TV, dormir, acordar no dia seguinte, repetir o mesmo ciclo até se aposentar?

Quantas horas da sua vida você deixa passar por causa desse padrão?

Ou talvez você esteja em paz com essa realidade. Talvez você não tenha outra escolha a não ser seguir esse caminho por enquanto. Se esse é o seu caso, não há com o que se preocupar.

Talvez você tenha ganhado uma mudança de perspectiva com esse email e isso já é uma grande coisa. E para você que compreende o outro lado, então eu preciso te lembrar:

Pare de buscar dinheiro, busque problemas e encontre a solução para esses problemas. Esta é a fórmula pela qual a riqueza flui e consequentemente a tão sonhada liberdade financeira.

Se você quer a liberdade de nunca ter de se preocupar com dinheiro de novo, então resolver problemas seja a busca constante da sua vida.

Isso te fará feliz no final? Te fará realizado? Só você pode responder essa questão.

Por hoje é só, pois acho que já falei demais.

Até a próxima!

Railka do The Money Wise

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